Xi Garante que “Partilha de Riqueza” com África Mantém-se Apesar de Guerra Comercial

O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a política de Pequim para África não se vai alterar apesar das perturbações do comércio global, mantendo a intenção original de as duas partes “partilharem a sua riqueza”.

Numa altura de incerteza global devido à guerra comercial desencadeada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Xi disse em Pequim perante o seu homólogo queniano, William Ruto, que “independentemente das mudanças internacionais, a política de sinceridade, amizade e boa-fé da China em relação a África não se vai alterar”, de acordo com um comunicado difundido pela imprensa estatal chinesa.

Pequim “está disposta a trabalhar com outros países para defender as regras do comércio internacional e proteger a equidade e a justiça internacionais”, disse Xi Jinping, advertindo que “ninguém ganha numa guerra comercial”.

“A China não causa problemas, mas também não tem medo deles”, afirmou o líder chinês, acrescentando que “o enorme mercado da China está sempre aberto aos produtos de alta qualidade do Quénia”. Xi encorajou mais empresas quenianas a investir e a fazer negócios no país asiático.

O Presidente queniano, que está a realizar uma visita oficial à China, afirmou que “a guerra comercial mina as regras e a ordem internacionais existentes” e garantiu que o seu país “valoriza o papel da China como estabilizador na atual situação turbulenta e como protetor dos direitos e interesses legítimos dos países do ‘Sul Global’”, termo que se refere às nações em desenvolvimento.

Ruto afirmou ainda que a China e o Quénia “têm uma visão comum de cooperação, aderem a uma abordagem centrada nas pessoas e são parceiros estratégicos em todos os momentos”, segundo a Xinhua.

Após a reunião, os dois líderes presidiram à assinatura de 20 documentos de cooperação em domínios como a alta tecnologia, os intercâmbios culturais, a economia e a imprensa.

O Presidente queniano é o primeiro líder africano a visitar a China desde que Trump impôs “tarifas reciprocas” sobre o resto do mundo, abalando o panorama do comércio internacional.

 

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