O site de comércio electrónico chinês Temu já é o segundo maior do Brasil em número de utilizadores, ultrapassando a Amazon e a Shopee, e ameaçando a hegemonia do Mercado Livre.
Em maio, o site da Temu recebeu 250 milhões de acessos no Brasil, de acordo com a agência digital Conversion, citados pela InvestNews. Foi o líder nesta métrica pela primeira vez.
No Android, a aplicação da Temu lidera a categoria “compras”; no iOS, luta com a também chinesa Shein.
A PDD Holdings, empresa-mãe da Temu e da sua versão chinesa, o Pinduoduo, criou uma operação global a partir do zero – e fê-lo em apenas três anos.
O motor da Temu é um modelo de negócio conhecido como consumer‑to‑manufacturer (C2M). A aplicação cruza pesquisas, gostos e carrinhos para prever a tendência da procura em tempo real.
Segundo a InvestNews, o algoritmo da Temy parece estar anos-luz à frente dos tradicionais concorrentes brasileiros: mede as reações em tempo real, ajusta os stocks e os preços dinamicamente, e oferece cupões personalizados para converter indecisos.
A Temu disse ao InvestNews que recebe “feedback positivo dos consumidores ao redor do mundo” e que seu modelo de negócios “promove ganhos significativos de eficiência”, mas não apresentou números que comprovem a sustentabilidade financeira do negócio.
Sobre a coleta de dados, a Temu afirmou coletar somente “as informações mínimas necessárias” para tocar suas atividades como marketplace online e que sempre informa os usuários “quando há possibilidade de coletar dados adicionais para finalidades específicas.”