O Pix, um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil, despertou interesse de representantes do setor financeiro chinês, que vão avaliar a sua possível adaptação ao mercado local.
Durante o “Summit Valor Econômico Brazil-China 2025”, realizado em Xangai, Ben Shenglin, membro do conselho de fintechs da província de Zhejiang, afirmou que o Pix é um exemplo de sucesso que pode inspirar inovações no sistema financeiro chinês, segundo o Money Report
A aproximação entre os países abre caminho a parcerias estratégicas, que incluem discussões entre os bancos centrais do Brasil e da China sobre normas compatíveis para permitir a interoperabilidade entre sistemas.
A internacionalização do Pix poderá beneficiar os brasileiros com negócios no estrangeiro, facilitando as transações internacionais com mais agilidade e menor custo – uma alternativa ao tradicional sistema de remessas.
Com mais de 20 mil empresas chinesas a operar na América Latina e investimentos crescentes no Brasil, a adoção do Pix pode fortalecer ainda mais o fluxo económico entre as duas nações.
Desde o seu lançamento em 2020, o Pix revolucionou o setor financeiro brasileiro e, em 2024, foram mais de 63 mil milhões de transações realizadas.
Segundo o Banco Central, 87% da população já utiliza o sistema com frequência e o impacto foi tão grande que os levantamentos em dinheiro caíram cerca de 40% e o DOC foi oficialmente descontinuado em 2023.
Estão previstas novas funcionalidades como o Pix Automático (junho), o Pix Offline (novembro) e o Pix em Garantia (2026), que permitirá o pagamento fraccionado das compras – uma alternativa ao crédito tradicional, com menos custos para os comerciantes e mais opções para os consumidores.