A China, a Zâmbia e a Tanzânia fecharam um acordo de USD 1,4 mil milhões para modernizar a antiga Ferrovia Tanzânia-Zâmbia, uma linha vital para o transporte de cobre da África Austral, alternativa à do Lobito (Angola).
Construída na década de 1970 com financiamento e engenharia chineses sob o comando de Mao Zedong, a linha de 1.860 quilómetros (1.160 milhas), conhecida como Tazara, deteriorou-se a uma fração da sua capacidade original.
De acordo com os termos anunciados pelo Governo da Zâmbia, a China Civil Engineering Construction Corporation (CCECC) assumirá uma concessão de 30 anos: os primeiros três anos serão focados na reconstrução, modernização dos carris, melhorias de segurança e restauração da linha; os 27 anos seguintes envolverão a gestão operacional completa, incluindo a aquisição e manutenção de material circulante.
Parte do investimento será destinado a novas locomotivas (32), cerca de 762 carruagens e vagões de passageiros, modernas oficinas de manutenção, sinalização e comunicações melhoradas e formação de pessoal.
Pequim já tinha assinado um acordo preliminar no ano passado para reactivar a Tazara, enquanto Estados Unidos e União Europeia apoiam um corredor de transporte concorrente centrado no porto do Lobito, em Angola.
Uma vez restaurada, a Tazara ofereceria aos produtores de cobre sem acesso ao mar uma alternativa crucial aos portos e postos fronteiriços congestionados da África do Sul, onde o aumento da produção da Zâmbia e da República Democrática do Congo tem congestionado o tráfego rodoviário.