O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que a parceria entre o Brasil e a China cada vez mais “ganha uma força estratégica muito forte”.
“A minha visita à China é a sequência das boas relações que o Brasil tem feito com a China nestes últimos anos”, afirmou Lula, que vai embarcar nos próximos dias para uma nova visita oficial ao país.
“Cada vez mais a nossa relação ganha uma força estratégica muito forte”, salientou ainda o presidente brasileiro em entrevista a jornalistas chineses.
O Presidente salientou ainda a importância do Brasil na relação bilateral com a China: “Tenho a certeza de que nós também temos muita importância para a China por sermos a maior economia da América Latina, por sermos o maior país da América Latina, sabe? E por termos um comércio com a China muito grande”.
“O Brasil existe e o Brasil quer ser vosso parceiro”, frisou.
O presidente brasileiro estará na China nos dias 12 e 13 de maio, no contexto da Cimeira entre a China e os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e das Caraíbas (Celac).
O encontro bilateral previsto entre Lula e Xi Jinping vai acontecer em pleno adensar da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, as duas maiores economias globais.
Durante a visita à China, Lula estará acompanhado por representantes da Celac, num esforço diplomático para aproximar as agendas da América Latina e da Ásia. A comitiva deverá realizar reuniões com as autoridades chinesas sobre temas relacionados com o comércio, investimentos e cooperação multilateral.
O encontro entre Lula e Xi Jinping será o segundo no atual mandato do presidente brasileiro. O primeiro ocorreu em abril de 2023, quando os dois líderes assinaram acordos comerciais e discutiram propostas para o reforço da relação bilateral.
A nova reunião deverá alargar o âmbito da cooperação, incluindo temas financeiros, geopolíticos e ambientais.
Lula reforçou a importância de reforçar os laços comerciais e políticos entre os dois países e apontou interesses comuns em temas geopolíticos.
“O Brasil e a China são países que trabalham muito pela paz. Não temos interesse em ter contencioso com outros países. O nosso interesse é fazer com que o multilateralismo seja fortalecido, e muito”, afirmou.
Durante a conversa com os jornalistas chineses, Lula defendeu a construção de uma nova ordem económica global baseada na equidade e na cooperação entre nações.
“Precisamos de ter um comércio mais justo e mais adequado, sem imposição de um país sobre outros países”, destacou.
O “livre comércio é uma coisa que pode ajudar, inclusive, a evitar muitos conflitos que acontecem no mundo de hoje”, adiantou Lula.