O governo português saudou o investimento do grupo Hengtong no fabrico de cabos eléctricos no país, e o papel dos investidores chineses no avanço tecnológico do país.
Na comemoração do 115º aniversário da Alcobre em Ovar, o mais antigo fabricante de cabos eléctricos em Portugal e agora subsidiária do Grupo Hengtong o ministro português da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, enfatizou que a inovação está intimamente alinhada com as prioridades de desenvolvimento definidas no próximo 15º Plano Quinquenal da China.
Salientou que Ovar beneficia da presença de várias universidades de topo, entre as quais a Universidade de Aveiro, a Universidade do Porto e a Universidade de Coimbra, que estão entre as melhores da Europa e têm um grande potencial na inovação tecnológica.
“Aqui em Ovar, temos muitas universidades, muitos cientistas e investigadores a trabalhar nas proximidades”, disse Almeida. Ao combinar esta força académica e de investigação com o conhecimento e a capacidade de inovação tecnológica da China, os dois lados podem alcançar uma forte complementaridade e sinergia, abrindo amplas perspetivas de cooperação, acrescentou.
Sobre o investimento chinês, Almeida sublinhou que Portugal lhe atribui grande importância, mantendo a AICEP — Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal — contactos regulares e positivos com potenciais investidores chineses.
“Portugal valoriza muito o investimento direto estrangeiro, e qualquer investimento produtivo que ajude a desenvolver a nossa economia, a melhorar o emprego e a elevar os níveis salariais é muito apreciado”, afirmou, dando como exemplo a aquisição da Alcobre pela Hengtong.
“Incentivamos mais empresas chinesas a instalarem-se em Portugal, para que beneficiem do ecossistema de inovação local e das oportunidades oferecidas pelo mercado europeu”, afirmou.
Almeida concluiu que Portugal está disposto a manter-se um parceiro estável e fiável da China na Europa e a expandir a cooperação com a China na investigação científica, formação de talentos e investimento industrial.
“A China encontra-se hoje num nível notável de desenvolvimento tecnológico e é um importante impulsionador da inovação tecnológica global”, afirmou Castro Almeida, numa entrevista à Xinhua.
Ao falar sobre os progressos alcançados no âmbito do 14.º Plano Quinquenal da China, Almeida disse estar profundamente impressionado. “Visitei a China há vinte anos, dez anos e apenas quinze dias, e a diferença no seu nível de desenvolvimento é enorme”, disse.
Almeida recordou que acompanhou o Primeiro-Ministro português, Luís Montenegro, numa visita oficial à China no mês passado. “Ficou claro que o Presidente Xi tem uma apreciação muito positiva de Portugal e conhece bem o país”, disse.
O Presidente chinês falou com real conhecimento e até demonstrou um certo sentimento pessoal em relação a Portugal, “o que nos tocou profundamente e realçou a proximidade das nossas relações”.
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