Os primeiros ETFs (fundos de índices) que permitem aos brasileiros investir em ações de empresas cotadas em bolsas chinesas foram lançados esta semana na B3, a bolsa do Brasil.
Uma parceria entre a B3 e a Bradesco Asset viabilizou a entrada em bolsa dos ETFs B-Index Connect China Universal CSI 300 (PKIN11) e B-Index Connect China AMC ChiNext (TECX11), os primeiros a permitir o acesso aos fundos de índices CSI 300 e ChiNext.
Os dois novos ativos começaram a ser negociados no mercado na segunda-feira, 26 de maio.
O CSI 300 é um índice bolsista composto pelas maiores e mais representativas empresas do país asiático, como a fabricante de veículos elétricos BYD.
Já o ChiNext é um índice composto por empresas de média e pequena dimensão com foco nos setores da tecnologia, indústria e serviços.
“Com o PKIN11 e o TECX11, a Bradesco Asset inicia um novo capítulo para os ETFs no Brasil. Embarcamos juntamente com a B3 para ampliar a família B-Index com produtos mais conectados, mais estratégicos e com a marca de inovação que procuramos entregar em tudo o que fazemos”, comentou Ricardo Eleuterio, diretor da Bradesco Asset.
Os novos fundos são os primeiros produtos do programa de cooperação entre a bolsa brasileira e as bolsas de Xangai (Shanghai Stock Exchange – SSE) e de Shenzhen (Shenzhen Stock Exchange – SZSE), na China, após a assinatura de Memorandos de Entendimento (MoUs), em março deste ano, para permitir a conectividade dos ETF entre os dois países.
“A listagem destes dois primeiros ETFs marca a ligação entre os mercados de ETFs do Brasil e da China. O nosso objetivo é abrir caminho para uma diversificação de investimentos com parceiros estratégicos de forma inovadora e com liquidez”, afirmou Luiz Masagão, Vice-Presidente de Produtos e Clientes da B3.
Esta iniciativa foi viabilizada através de um memorando assinado, no ano passado, entre a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC), visando o reforço e a colaboração entre as instituições com foco no desenvolvimento dos mercados.
“Começamos hoje a colher os resultados de um trabalho consistente desenvolvido ao longo do último ano, fruto de várias interações com o regulador chinês. Esta trajetória reforça o valor do diálogo institucional, da cooperação internacional e da construção de pontes sólidas entre mercados”, afirmou Marina Copola, Administradora da CVM.