O Governo angolano estendeu de junho para outubro o prazo de transferência dos voos internacionais para o Aeroporto Internacional António Agostinho Neto (AIAAN), e construído pela China National Aero-technology International Engineering Corporation (CAIEC).
A informação foi avançada pelo secretário de Estado para os setores da Aviação Civil, Marítimo e Portuário, Rui Carreira, que justificou o adiamento da transferência dos voos internacionais do atual aeroporto de Luanda 4 de Fevereiro para o AIAAAN com “desafios” ainda existentes a nível dos acessos ao aeroporto, localizado na província de Icolo e Bengo e que dista cerca de 40 quilómetros do centro da capital angolana, Luanda.
Carreira, citado pelo Jornal de Angola, disse que as dificuldades de acesso foram constatadas na última visita àquela infraestrutura realizada pelo Presidente angolano, João Lourenço.
De acordo com o governante, a decisão de adiamento foi tomada por haver ainda “trabalhos de casa por fazer” para se dignificar o acesso ao aeroporto, além dos desafios, do ponto de vista da sua operacionalidade, marcada ainda por contratos atrasados, tornando difícil a finalização do processo já no próximo mês.
“Prevê-se que nesta fase sejam autorizados todos os voos internacionais e que o aeroporto entre na sua fase plena de funcionamento”, destacou Rui Carreira.
Inaugurado em 10 de novembro de 2023, o AIAAN opera, atualmente, os voos domésticos e de cargas.
O AIAAN completou em novembro de 2024 os seus primeiros voos de chegada e partida de passageiros, marcando oficialmente o início das operações de transporte de passageiros.
O AIAAN foi construído pela China National Aero-technology International Engineering Corporation (CAIEC) e tem uma capacidade projetada para 15 milhões de passageiros por ano e 130 mil toneladas de carga postal, prevendo-se que se torne um importante hub de aviação na região sul de África após o seu pleno funcionamento.
O Governo de Angola dará início ao desenvolvimento de uma “cidade aeroportuária” nos arredores do aeroporto, que impulsionará o desenvolvimento económico na região do novo aeroporto, criando novas oportunidades de negócio e investimento para Angola.
