Moçambique Entre Destinatários Africanos de Investimentos Chineses em Energias ‘Limpas’

Moçambique está entre os destinatários africanos de investimentos chineses em energias ‘limpas’, de acordo com um relatório do think tank britânico ODI Global.

A China, refere o levantamento, está a canalizar cada vez mais os seus investimentos energéticos em África para projectos renováveis, sendo que a energia solar e eólica representam actualmente 59% dos seus projectos energéticos no continente.

O relatório concluiu que um quinto do sector energético geral da China e também um quinto dos investimentos em energias renováveis ​​e actividades de construção ocorreram em África, totalizando USD 66 mil milhões entre 2010 e 2024.

O continente tornou-se também um mercado-chave para a tecnologia solar e eólica chinesa, com as exportações a aumentarem 153% entre 2020 e 2024. Este crescimento está a ser impulsionado pela crescente procura de energia por parte de África e pelo domínio da China na produção de painéis solares, onde fabrica mais de 80% do fornecimento global.

O estudo refere que, em 2024, a China exportou mais de USD 1.000 milhões em tecnologia de energia limpa para a África do Sul, Moçambique e Quénia.

O estudo da ODI Global também aponta que os credores chineses continuam a financiar um número crescente de projetos renováveis ​​em África, sendo o continente “responsável por quase um terço dos empréstimos globais chineses para a energia”, recebendo USD 65 mil milhões em financiamento chinês relacionado com a energia entre 2010 e 2021.

O estudo apontou como exemplos o Quénia, Moçambique e África do Sul. Em Moçambique, rico em gás, a China concentra-se principalmente no financiamento do GNL através de uma combinação de empréstimos concessionais e comerciais apoiados pela Corporação de Seguros de Exportação e Crédito da China (Sinosure).

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