Moçambique pretende reforçar a cooperação com a China no ensino profissional para introduzir experiência e tecnologias chinesas, melhorando as competências profissionais dos jovens moçambicanos e melhorando as suas perspetivas de emprego.
A cooperação mais estreita na educação profissional baseia-se numa amizade de longa data e numa parceria frutífera em muitos outros sectores, incluindo a agricultura, as infraestruturas e a saúde, entre os dois países, afirmou Maria Gustava, embaixadora de Moçambique na China, numa conferência em Pequim.
No ano em que se assinala o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Moçambique, Gustava afirmou que o país africano está empenhado numa reforma educativa orientada para a melhoria de competências, que ajudará os seus jovens a conseguir melhores empregos e a alcançar um desenvolvimento pessoal inclusivo.
A diplomata enfatizou a importância da tecnologia para o avanço do ensino profissional, acrescentando que Moçambique procura a cooperação com a China em áreas como o desenvolvimento de recursos digitais de aprendizagem, a implementação de plataformas de formação inteligentes e a promoção de competências digitais dos professores, construindo assim um sistema de ensino profissional mais integrado para os seus jovens.
Na conferência, o Ministério da Educação e Cultura de Moçambique assinou um memorando de entendimento com o Instituto de Investigação Educativa Hainan Guoyu, um centro de investigação privado chinês com foco na cooperação internacional em educação profissional na província de Hainan.
Xu Shijie, vice-presidente executivo da Associação de Emprego de Graduados do Ministério da Educação, afirmou que promover a cooperação em educação profissional entre China e Moçambique é de grande importância, visto que as duas nações aderiram aos princípios de respeito mútuo e cooperação mutuamente benéfica, e construíram uma profunda amizade em termos de confiança política, colaboração económica e intercâmbios culturais.
“Moçambique está no seu período-chave de industrialização e construção de infraestruturas, demonstrando sede por talentos qualificados”, disse. “Os resultados e os progressos da educação profissional da China em manufatura inteligente, agricultura moderna e economia digital podem oferecer referências eficazes para Moçambique.”
Acrescentou que ficou impressionado com a paixão pela aprendizagem dos jovens moçambicanos que regressaram ao seu país para trabalhar após concluírem o ensino profissional na China.
“A juventude é o futuro de uma nação e as competências são a base para o desenvolvimento. Espero que os dois países possam expandir a cooperação educativa no futuro e alcançar resultados mais frutíferos na educação profissional, permitindo que mais jovens realizem os seus sonhos através das competências”, disse.
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