Moçambique e China Celebram 50 anos Relações Diplomáticas Com Comércio Bilateral a Superar USD 5,18 Mil Milhões

O comércio bilateral entre Moçambique e China superou USD 5.000 milhões em 2024, afirmou a embaixadora chinesa em Maputo, numa altura em que os dois países celebram 50 anos de de relações diplomáticas.

Falando no seminário “50 Anos de Cooperação entre Moçambique e China: Conquistas, Desafios e Perspectivas”, promovido pela Universidade Joaquim Chissano, a nova embaixadora da China em Moçambique, Zheng Xuan, destacou que as relações evoluíram de uma ligação baseada no respeito mútuo para uma parceria estratégica global.

Zheng sublinhou que se trata de uma parceria, formalizada em 2016, orientada para benefícios recíprocos e desenvolvimento sustentável, tendo mencionado que no campo das infra-estruturas, dezenas de projectos emblemáticos construídos com apoio chinês transformaram o panorama socioeconómico moçambicano.

A Ponte Maputo-KaTembe, o Aeroporto de Xai-Xai, a Estrada Circular de Maputo e, em breve, o Centro Cirúrgico Nacional são exemplos de cooperação pragmática que contribuíram para a mobilidade, o comércio interno e a melhoria dos serviços de saúde.

Durante meio século, os investimentos chineses envolveram dezenas de projectos em infra-estruturas, saúde, educação e agricultura, consolidando a posição deste país asiático como o segundo maior parceiro comercial de Moçambique.

A China, referiu ainda, aplica tarifa zero a produtos manufacturados em Mocambique e implementados protocolos fitossanitários para feijão-bóer, caju e macadâmia, e desenvolvidas iniciativas estratégicas nos sectores energético e agrícola, incluindo o maior projecto de plantação de arroz do país, o Projecto Wanbao, primeiro centro de demonstração agrícola e a implementação da produtividade de arroz e ajudando a combater a fome.

Por outro lado, o sector energético beneficiou da exploração de gás natural, impulsionando Moçambique para o mercado internacional da energia.

Desde 1976, 25 equipas médicas chinesas já trabalharam no país, enquanto cerca de 10 mil jovens moçambicanos receberam formação em língua chinesa e capacitação profissional através de bolsas de estudo, escolas técnicas e do Instituto Confúcio na Universidade Eduardo Mondlane.

O Centro Cultural Moçambique-China, o maior construído com assistência chinesa em África, tornou-se referência no intercâmbio cultural, acolhendo cerca de 100 actividades nos últimos dois anos, adiantou a diplomata.

 

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