As empresas europeias com negócios no mercado chinês denotam uma incerteza significativamente maior e menor confiança devido à guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos, informou a Câmara de Comércio da União Europeia na China (CCUEC).
Um inquérito realizado pela CCUEC para compreender como os seus membros foram afetados pela recente escalada das tarifas e das medidas comerciais entre EUA e China mostrou “um impacto direto relativamente limitado” das mesmas, segundo a Câmara.
Quase metade dos inquiridos relatam serem mais afectados pelas tarifas da China sobre os produtos dos EUA.
Mais de dois terços dos inquiridos declararam não terem sido afectados pelas tarifas norte-americanas sobre as importações provenientes da China.
“Isto pode ser atribuído à abordagem ‘na China, para a China’ que muitos membros da Câmara adoptaram”, refere a CCUEC em comunicado.
A guerra comercial afectou significativamente a confiança empresarial, com 59% dos inquiridos a afirmar que fazer negócios se tornou mais difícil desde o início de 2025, mais de 60% esperando uma concorrência mais intensa e 58% preocupados com os lucros futuros.
Embora 57% dos inquiridos tenham referido que a sua estratégia de negócio não mudou, continuam a monitorizar a situação. Dos que já tomaram medidas, 17% estão a fazer alterações nas suas fontes de fornecimento, 14% estão a adiar investimentos ou planos de expansão na China e uma percentagem igual procura aumentar os seus investimentos no país.
“É difícil exagerar a quantidade de incerteza que esta guerra comercial criou para os nossos membros”, disse Jens Eskelund, presidente da Câmara.
“Mas acreditamos que a China pode transformar a crise numa oportunidade e demonstrar que é um destino de investimento estável e previsível”, adiantou.