Macau vai acolher esta semana, pela primeira vez, a Expo Internacional Agrícola China-Países de Língua Portuguesa, impulsionada pelo Brasil.
Segundo o presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), Che Weng Keong, no interior da China, a área agrícola “é muito avançada”, criando condições para uma “boa relação com os países de língua portuguesa”.
“O Brasil é um país muito grande, ligado à produção de alimentos, à produção agrícola e, tendo isso em consideração, decidimos realizar essa exposição”, justificou ainda o presidente do IPIM.
A exposição decorre em paralelo à 30.ª Feira Internacional de Macau (MIF, na sigla em inglês), à Exposição de Franquia de Macau 2025 e à exposição Económica e Comercial China-Países de Língua Portuguesa (C-PLPEX).
Alan Ho, coordenador da C-PLPEX, notou ainda que trazer a Macau “muitas pessoas” do universo lusófono e do interior da China é “crucial para promover a plataforma de Macau”.
Da lusofonia contam-se 320 expositores, o que representa um aumento de 23% face à primeira edição, segundo o IPIM.
“Um terço são do Brasil, um terço de Portugal e o resto são de [outros] países de língua portuguesa”, completou Che Weng Keong.
Os ‘stands’, ainda de acordo com Che, estão centrados “nas áreas prioritárias da cooperação sino-lusófona”, como “comércio eletrónico transfronteiriço, novas energias, indústria agrícola, alimentos e bebidas, serviços profissionais e economia azul”.
A segunda edição da C-PLPEX vai decorrer Em conjunto, os três eventos ocupam uma área de quase 30 mil metros quadrados e reúnem mais de 1.100 expositores.
O IPIM convidou Cantão, capital da vizinha província de Guangzhou, como cidade parceira da MIF e irá organizar mais de 50 sessões de promoção económica e comercial, nomeadamente fóruns de cooperação regional e conferências.
“Várias empresas de renome já confirmaram parcerias comerciais a formalizar durante os três eventos, estando prevista a assinatura de contratos importantes (…) com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de setores como ‘big health’ e tecnologia”, notou ainda o presidente do IPIM, dando como exemplo a farmacêutica AstraZeneca.
Também as portuguesas Prio Energy e Porto de Sines vão estar representadas em Macau, foi ainda anunciado.