Governo da região semiautónoma chinesa de Hong Kong vai promover em Portugal o uso de tecnologias inovadoras de construção rápida e robótica, numa altura em que o país europeu procura impulsionar novos projectos de habitação.
Num almoço de negócios em Lisboa na quinta-feira, vai-se “partilhar as experiências de Hong Kong no aumento da quantidade, rapidez, eficiência e qualidade da construção de habitações públicas, através da adoção de diversas tecnologias inovadoras de construção rápida e robótica”, de acordo com um comunicado das autoridades de Hong Kong .
A secretária para a Habitação de Hong Kong, Winnie Ho Wing Yin, convidou mais de 20 representantes do setor da construção da região e da China continental para participarem no evento.
Estas empresas vão falar sobre tecnologias como os módulos pré-fabricados, a integração das instalações mecânicas, elétricas e de canalização, e a utilização de robôs na construção civil.
O evento poderá servir “para fortalecer as ligações entre os setores de Hong Kong e Portugal e explorar oportunidades” de negócios, sublinha-se no comunicado.
A Comissária para o Desenvolvimento da Grande Baía, Maisie Chan Kit Ling, vai fazer um discurso sobre “as enormes oportunidades de negócio” da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, um projeto de Pequim para integrar Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong numa região com mais de 86 milhões de habitantes e uma economia superior a um bilião de euros em 2023.
Maisie Chan e Winnie Ho irão ainda participar no 17.º International Forum on Urbanism, que irá decorrer entre 01 e 04 de julho, no renovado Pavilhão de Portugal, que, depois das obras levadas a cabo pelo arquiteto Siza Vieira, foi transferido para a Universidade de Lisboa.
O programa político do novo Governo português, liderado por Luís Montenegro, prevê a construção de 59 mil casas públicas até 2030 e financiamento para mais habitação, incluindo parcerias público-privadas em imóveis do Estado devolutos.