Exportações dos Países Lusófonos para a China Caíram 11,3%

As exportações dos países de língua portuguesa para a China caíram 11,3%, para USD 86,6 mil milhões nos primeiros oito meses do ano, o valor mais baixo para o período entre janeiro e agosto desde 2020, de acordo com dados oficiais.

A descida deveu-se, sobretudo, ao Brasil – de longe o maior fornecedor lusófono do mercado chinês – cujas vendas caíram 10,9% para USD 72,6 mil milhões.

De acordo com informação dos Serviços de Alfândega da China, também o segundo maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, Angola, viu as exportações caírem 13,1%, para USD 10,5 mil milhões.

As vendas de mercadorias de Portugal para a China diminuíram 6,9% para USD 1,94 mil milhões.

Aliás, sete dos nove países de língua portuguesa viram cair as respetivas exportações para o mercado chinês.

As vendas de Moçambique para o mercado chinês desceram 5,2%, para USD 1,1 mil milhões, enquanto as exportações da Guiné Equatorial encolheram quase metade (44,6%), para USD 464,9 milhões.

As remessas de Cabo Verde diminuíram 87,5%, enquanto as exportações de Timor-Leste encolheram 72,2%.

A única exceção foi São Tomé e Príncipe, cujas vendas cresceram nove vezes, para 44 mil dólares (38 mil euros).

A China continua a registar um défice comercial com o bloco lusófono, que atingiu USD 29 mil milhões.

As exportações chinesas para os países de língua portuguesa caíram 1,4% nos primeiros oito meses de 2025, em comparação com igual período do ano passado, para USD 57,6 mil milhões.

Os dados compilados e divulgados na quarta-feira pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) revelam que o Brasil foi a principal razão para a queda.

Apesar de uma descida homóloga de 5,3%, o Brasil continua a ser o maior comprador no bloco lusófono, com as mercadorias chinesas a atingirem USD 46,9 mil milhões.

Em segundo na lista – e no sentido contrário – surge Portugal, cujas importações vindas da China aumentaram 8% para USD 4,52 mil milhões.

Também Angola comprou à China produtos no valor de USD 3,4 mil milhões até agosto, um aumento homólogo de quase dois terços (64,4%).

 

Other articles

Uncategorized

Empresas Europeias na China Alarmadas com Novas Restrições às Terras Raras

Uncategorized

BYD Inicia Produção na sua Fábrica no Brasil com Primeiro Veículo Seagull