As empresas dos países lusófonos que pretendem entrar na Área da Grande Baía precisam de apoio das instituições locais, defendeu a representante da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) na China.
Carmen Wu participou no dia 15 de julho de 2025 numa sessão comemorativa da Associação de Promoção do Desenvolvimento de Guangzhou Nansha, Guangdong e Macau, que se realizou na cidade de Nansha.
Na sua intervenção, Wu apontou os três principais estrangulamentos enfrentados na perspectiva das empresas dos países de língua portuguesa: a cultura linguística, as diferenças nos sistemas jurídicos e a concorrência no mercado.
A representante da CE-CPLP apelou à utilização de plataformas como a Associação de Promoção de Macau para prestar serviços de “conectividade suave” mais direccionados para as empresas dos países lusófonos, como a prestação de serviços de facilitação de acesso ao mercado, apoio jurídico e administrativo centralizado, abrangendo o registo empresarial, a conformidade fiscal ou a certificação de qualificações.
Salientou ainda o papel das associações em proporcionar formação linguística e cultural e colaboração operacional diária, de modo a reduzir eficazmente o limite e os custos operacionais das empresas dos países lusófonos que entram na Grande Área da Baía.
A sessão centrou-se no aprofundamento das funções da “Plataforma Nansha + Canal de Macau”, injetando novo ímpeto na construção conjunta do “Centro China-Portugal”.
Em abril, o novo governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) propôs no seu programa transformar Macau numa importante ponte para a abertura de alto nível da China ao exterior, estimulando a cooperação entre o país asiático e o mundo de língua portuguesa, além de intercâmbios e cooperação entre a China e os países de língua espanhola nas áreas das finanças, cultura e turismo.
Ao mesmo tempo, Macau irá ligar-se a Hengqin e às cidades da Área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau para oferecer produtos turísticos de “paragem única, múltiplos destinos”, fazendo bom uso do relaxamento e optimização da política de isenção de vistos de trânsito do país, promover a marca turística da região e atraindo turistas estrangeiros a todas as cidades que a compõem.