Empresas Chinesas, Sul-Coreanas e Japonesas Investem nas Energias Renováveis em Portugal

As energias renováveis em Portugal, sobretudo o solar, estão a receber investimentos de empresas chinesas sul-coreanas e japonesas.

Um dos investidores mais recente é a Chint Solar, companhia chinesa que comprou em 2023 a sociedade portuguesa SolCarport detida pelos alemães da ProEnergy, de acordo com os media locais.

A companhia herdou assim uma carteira de projetos com 6,6 gigawatts de energia solar, a larga maioria no Alentejo.

Em 2021, a SolCarport submeteu 22 pedidos para ligar à rede elétrica da REN, com a Chint Solar a submeter um, num total de 6 gigawatts de energia solar.

Segundo o Jornal Económico, a companhia chinesa já conta com uma central solar em operação: a de Ínsua, em Serpa, com 48 MWp, inaugurada em 2022. Em Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro, arrancou em maio com a construção de uma central solar com 73 MWp.

Mais recentemente, deu início ao licenciamento ambiental do projeto híbrido de Pinel no concelho da Vidigueira, que conta com uma potência solar de 340 MWp, dois aerogeradores com mais de 14 MW e com as baterias a terem uma capacidade de 620 MWh. Por ano, prevê-se que produza 671 GWh.

Entre os projetos comprados pela Chint Solar, encontram-se vários gigantes, como o de Cavandela (concelho de Castro Verde) com 504 MWp, o de Cafelado (Viana do Alentejo) com 504 MWp, Monte Coito (Mértola) – 504 MW, ou a de São Gião (Portel) – 504 MWp.

Outras centrais de destaque são as de Baldio de São Romão (Reguengos de Monsaraz) – 450 MWp; Herdade Colar de Perdizes (Montijo) – 420 MWp; Porto Mouro (Ferreira do Alentejo) – 390 MWp; Monte das Flores (Évora) – 480 MWp; Monte Novo + Amieira (Vidigueira) – 372 MWp, segundo os dados recolhidos pelo Jornal Económico.

O projeto do Pinel surge nesta lista com uma potência maior face ao apresentado no estudo ambiental (450 MWp).

A companhia conta com mais de 3,8 gigas aprovados para ligar à rede, no âmbito dos acordos diretos com a REN e a E-Redes.

Dos projetos com a REN submetidos à DGEG, a agora Chint Solar obteve autorização para avançar com nove: Divor (400 MW), cinco projetos no Alqueva – com 400 MW, 100 MW, 420 MW, 375 MW, 310 MW, 150 MW -, um projeto em Ourique com 420 MW, e dois em Ferreira do Alentejo com 420 MW e 325 MW.

Nos acordos com a E-Redes, foram aprovados 11 projetos, num total de 500 MW.

Outra empresa asiática que tem vindo a investir em Portugal é a sul-coreana Q Energy, que foi a grande vencedora do primeiro leilão de energia solar no país. Em 2020, conquistou seis dos 12 lotes a concurso, num total de 315 MW dos 670 MW disponíveis.

Em 2022, a companhia revelou que tinha um plano para instalar um total de 14 centrais solares em Portugal, num total de 2 gigas de potência e um investimento então estimado nos 1,5 mil milhões de euros.

A companhia já obteve autorização ambiental, sujeita a condições, para quatro centrais solares: Évora (210 MWp), Pegões (207 Mwp), Ourique (171 MWp) e Nisa (235 MWp).

Este ano, a francesa TotalEnergies vendeu 50% de um portefólio de ativos renováveis em Portugal a um consórcio japonês por EUR 178 milhões.

O consórcio é composto pela MM Capital Partners 2, Daiwa Energy & Infrastructure e Mizuho Leasing. A TotalEnergies mantém-se como gestora dos ativos que tinha comprado em 2022 à Generg.

Em Portugal, a companhia conta com quase 600 MW: 518 MW de eólica, 45 MW de solar e 33 MW de hídrica.

A empresa tem em curso duas hibridizações solares nas centrais eólicas do Vergão e da Gardunha.

 

Other articles

Portugal

EDP Instala 1.700 Painéis Solares no Gardens by the Bay de Singapura

Portugal

Chinesa Leapmotor Traz Modelo Mais Potente Para Portugal no Último Trimestre