A Administração Geral das Alfândegas da China suspendeu a qualificação de 51 produtores brasileiros que exportavam para o país asiático carne de aves e produtos avícolas.
A medida é consequência do caso de gripe aviária detetado no Brasil no final da semana passada, que levou a China e a União Europeia a suspenderem a compra de carne de frango brasileira.
A atualização do estado dos exportadores oficializa o embargo temporário, até 60 dias, para o comércio de produtos avícolas do Brasil no mercado chinês.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) brasileiro confirmou a deteção do vírus da gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP), causador da gripe aviária, no município de Montenegro, estado do Rio Grande do Sul.
O ministro brasileiro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse em entrevista à TV Centro América que o processo deve durar entre 28 e 60 dias e “com eficiência, com transparência”, o Brasil deve voltar à normalidade em todo o país, disse Fávaro.
“Estamos a fazer a destruição de todo o material, ovos produzidos, animais que já foi feita toda a inviabilização destes animais, para que possamos bloquear o caso, e mais rápido do que o esperado pelo protocolo sanitário de 60 dias, antes disso já queremos ter restabelecido a normalidade com todo o mundo”, declarou Fávaro em entrevista à CNN.
Segundo o ministro, outros países, como o Reino Unido, a Argentina, o Japão, os Emirados Árabes e a Arábia Saudita, vão restringir a compra de carne de frango brasileira apenas ao Rio Grande do Sul.
O Mapa salientou que a doença não se transmite pelo consumo de carne de aves nem de ovos: “a população brasileira e mundial pode manter-se tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo”.
Segundo o Ministério, as medidas de contenção e erradicação do foco previstas no plano nacional de contingência já foram iniciadas e visam não somente combater a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e, assim, a segurança alimentar da população.
O ministério está também a realizar a comunicação oficial às entidades das cadeias produtivas envolvidas, à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos Ministérios da Saúde e do Ambiente, bem como aos parceiros comerciais do Brasil.