A China está a posicionar-se estrategicamente para garantir o fornecimento de cobre, especialmente de África, investindo fortemente em instalações de mineração e processamento.
Segundo o South China Morning Post, embora a República Democrática do Congo (RDC) e a Zâmbia sejam, há muito tempo, os principais destinos da China, o Botswana está também a tornar-se um foco significativo para os investimentos chineses.
Apesar das restrições ocidentais, as empresas chinesas estão a investir agressivamente no sector do cobre de África.
No ano passado, a JCHX Mining adquiriu uma participação de 80 por cento na Mina de Cobre de Lubambe, na Zâmbia, por apenas 2 dólares e planeia investir USD 300 milhões para revitalizar e prolongar a vida útil da mina e investir mais USD 500 milhões em novos poços profundos de minério, considerando-a “estrategicamente crucial”.
Outros participantes chineses, como a CNMC, detêm também grandes activos de cobre na Zâmbia.
No Botswana, a empresa de mineração de metais chinesa MMG Limited investiu USD 1,9 mil milhões para adquirir a mina de Khoemacau e prometeu USD 700 milhões para duplicar a sua produção. A iniciativa da China sublinha a sua tentativa de garantir minerais essenciais para a transição energética.
A RDC tornou-se uma grande fonte de cobre para a China: dados comerciais revelam que as remessas de cobre refinado da RDC aumentaram mais de 71% em termos homólogos, para 1,48 milhões de toneladas em 2024.
O lítio e o cobalto podem ter dominado a corrida aos minerais essenciais para as baterias de veículos eléctricos, sistemas solares e de defesa, mas agora o cobre está a emergir como um elemento-chave na transição para a energia verde.