China Doa EUR 12 Milhões a Moçambique e Perdoa Juros de Empréstimos

O Governo chinês anunciou a doação de EUR 12 milhões a Moçambique e  perdoou os juros dos empréstimos concedidos até 2024 ao país africano, disse hoje a primeira-ministra moçambicana.

Benvida Levi, que falava aos jornalistas após uma visita de dois dias à China, afirmou ter recebido “duas notícias positivas vindas do Presidente Xi Jinping”, com quem se avistou esta semana: a doação de 100 milhões de Yuan  e o perdão dos juros dos empréstimos concedidos a Moçambique “até o ano de 2024”.

O  encontro com Xi, segundo a governante, serviu também para partilhar os principais instrumentos de governação de Moçambique, nomeadamente o Plano Quinquenal do Governo (PQG) e o Plano Económico Social e Orçamento do Estado (PESOE).

“Juntos identificámos algumas áreas de seguimento. A nosso ver, e também concordado com a parte chinesa, nós queremos concentrar nos investimentos na agricultura, e em toda a sua cadeia de valor, na formação técnica profissional e na saúde”, disse Levi.

Para o setor da educação, no qual o apoio chinês permitiu a construção do Instituto Politécnico de Muanza, no centro de Moçambique, o Governo Moçambique pede mais investimento na área técnico profissional, para permitir a construção de mais escolas noutros pontos do país.

Mais de 14% da dívida externa de Moçambique era detida, em março deste ano, pela China, o maior credor bilateral do país, com um ‘stock’ de USD 1.383 milhões, segundo dados do Governo moçambicano.

O Presidente chinês afirmou na reunião na terça-feira com Levi, em que  participou também o primeiro-ministro Wang Yi, que a China está pronta para aprofundar continuamente a parceria estratégica abrangente de cooperação com Moçambique.

As duas partes devem procurar conjuntamente novos caminhos para o desenvolvimento integrado e coordenado dos recursos energéticos e minerais e da construção de infraestruturas, afirmou Xi.

Xi manifestou ainda a disponibilidade do país para trabalhar com Moçambique para implementar a Iniciativa de Governação Global, opor-se ao unilateralismo e ao hegemonismo e salvaguardar os interesses comuns de ambos os países e do Sul Global.

 

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