A China concedeu permissão de exportação a mais 183 exportadores brasileiros de café, 30 de sésamo e 41 de farinha de origem animal.
A Embaixada da China no Brasil anunciou através de uma nota no X que 183 novas empresas brasileiras de café têm permissão para exportar para o mercado chinês desde 30 de julho e por cinco anos.
Segundo a GACC (Administração-Geral das Alfândegas da China), o número dos estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar sésamo para o país aumentou de 31 para 61 unidades.
A medida, assinada durante a visita de Estado do Presidente Xi Jinping ao Brasil, é válida por 4 anos com início a 30 de julho, também segundo a Embaixada.
O Brasil é o sétimo maior exportador mundial de sésamo, com uma quota de 5,31% na balança global do produto, e a China é o maior importador atual da semente, representando 38,4% do consumo global.
Também anunciada foi a habilitação de 46 estabelecimentos para exportar farinhas de aves e suínos para a China, que só foi possível após a assinatura do Protocolo Sanitário bilateral, em abril de 2023, seguida da realização de auditorias conduzidas pela GACC e da finalização do modelo de certificado sanitário acordado entre ambas as nações.
A data do início da autorização de exportação coincide com a da entrada em vigor de tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos, destino importante das exportações agrícolas brasileiras.
O setor privado estima que cerca de 35% dos café que os Estados Unidos compram ao exterior é brasileiro e tem estudado diversificar os destinos de exportação para minimizar os impactos das tarifas.
A intenção não é substituir por completo o mercado americano, mas no caso do café, as autoridades já tinham sinalizado a China e a Índia como opções estratégicas para a mercadoria.
Em 2024, a China mais de USD 49,6 mil milhões em produtos agrícolas brasileiros.