Cabo Verde Quer Atrair China para Zona Económica Especial Marítima de São Vicente e Turismo

Cabo Verde quer atrair investimento da China para o sector marítimo, nomeadamente a Zona Económica Especial Marítima de São Vicente, e para o Turismo, segundo o ministro da Administração Interna do país africano.

O ministro disse à Lusa que o mar é uma prioridade na atracção de investimento e o Governo “procura parcerias” para implementar a Zona Económica Especial Marítima de São Vicente, cujo estudo foi feito com o apoio da China, recordou Rocha.

Durante uma passagem por Macau, salientou o papel comunidade chinesa em Cabo Verde, essencialmente de pequenos e médios empresários, e que o próximo alvo é “atrair mais e melhor investimento [chinês] em diferentes setores”, para diversificar a economia de Cabo Verde, muito dependente do turismo.

Também em Macau, em março, o presidente da agência cabo-verdiana para o investimento externo, José Almada Dias, desafiou a empresa estatal chinesa Shaanxi Construction a aproveitar os 20 mil hectares que o país colocou ao serviço do turismo.

Paulo Rocha disse que seria “perfeitamente realista” a Cabo Verde querer atrair turistas da China e de outros países asiáticos, sublinhando a presença forte de visitantes chineses na Europa e “ainda mais longe”.

“Continuamos a fomentar investimentos neste domínio, crescem o número de hotéis em construção, o número de resorts, particularmente nas duas ilhas mais turísticas, do Sal e da Boavista”, disse o ministro.

Rocha defendeu que a China é, “, sem dúvida, um parceiro confiável” de Cabo Verde e que tem sido “essencial no processo de desenvolvimento em diferentes setores” ao longo dos 50 anos de independência.

O ministro do país africano afirmou ainda que Cabo Verde está a negociar com a China o financiamento de uma terceira fase do sistema de videovigilância Cidade Segura a mais três cidades.

Este projeto no domínio da segurança pública já está implementado na capital, Praia (ilha de Santiago), e nas cidades de Mindelo (ilha de São Vicente), Sal Rei (ilha do Sal) e Santa Maria (ilha da Boavista).

A nova fase pretende levar o programa à cidade do Porto Novo, na ilha de Santo Antão, e às cidades da Assomada e Tarrafal, ambas na ilha de Santiago, acrescentou o ministro Paulo Rocha à Lusa, durante uma visita a Macau.

Depois de partir da região semiautónoma chinesa, o ministro irá passar pela capital, Pequim, onde terá um encontro com fabricantes chinesas de equipamento utilizado na segurança pública.

A terceira fase do Cidade Segura faz parte de um acordo assinado em janeiro, segundo o qual a China se comprometeu a apoiar o arquipélago com EUR 26,3 milhões.

O acordo prevê a formação de técnicos para a operacionalização do sistema de videovigilância e a manutenção dos centros de comando de vigilância.nte, através de uma instrução rápida, com os magistrados focados, com a polícia a apoiar essas equipas”.

 

 

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