A multinacional chinesa BYD, um dos maiores fabricantes mundiais de veículos elétricos, anunciou que vai inaugurar oficialmente a sua nova fábrica na Bahia no dia 26 de junho .
Localizada em Camaçari, a unidade terá capacidade para produzir inicialmente carros elétricos e baterias, fortalecendo a presença da empresa no Brasil e contribuindo para o crescimento da indústria sustentável no país.
A fábrica baiana é estratégica para a BYD, pois posiciona a empresa no coração da região Nordeste, facilitando a distribuição para todo o mercado nacional e para exportação para países vizinhos.
O investimento gera ainda milhares de postos de trabalho diretos e indiretos, além de fomentar a cadeia de fornecedores local.
A BYD planeia produzir modelos elétricos compactos e SUV, além de desenvolver baterias de última geração para veículos elétricos e armazenamento de energia.
A fábrica contará com processos que priorizam a eficiência energética e a sustentabilidade ambiental, alinhados com as metas brasileiras de redução das emissões de carbono e incentivo à mobilidade limpa.
Além de contribuir para a economia local, a unidade da Bahia reforça o compromisso da empresa com o desenvolvimento tecnológico e a inovação, áreas em que a BYD tem investido intensamente a nível global, consolidando-se como uma referência em soluções de energia limpa.
Com a fábrica da Bahia, a BYD reafirma a sua estratégia de expansão na América Latina e o seu papel de protagonista na revolução dos veículos elétricos.
A expectativa é que, nos próximos anos, a produção local contribua para tornar os veículos elétricos mais acessíveis ao consumidor brasileiro e amplie a competitividade do país no mercado global de tecnologias verdes.
O Ministério Público do Trabalho brasileiro entrou esta semana com uma ação cível contra a BYD e duas empreiteiras por trabalho escravo e tráfico internacional de pessoas.
O caso envolve 220 trabalhadores chineses resgatados em dezembro de 2024 de uma unidade industrial da BYD no estado da Baía.
De acordo com as autoridades brasileiras, estas 220 pessoas foram trazidas da China com vistos irregulares para “serviços especializados” que não correspondiam às tarefas que efetivamente desempenhavam, tendo os seus passaportes sido mantidos sob vigilância armada.
Quando o incidente se tornou conhecido, a empresa chinesa anunciou a rescisão do contrato com o Grupo Jinjiang e declarou que “não tolera o desrespeito à legislação brasileira e à dignidade humana”.
Após a acusação, o Governo chinês afirmou esta semana que exige às empresas nacionais o cumprimento das leis nos países onde operam.
“O Governo atribui grande importância à proteção dos direitos e interesses legítimos dos trabalhadores e exige que as empresas chinesas cumpram as leis onde quer que operem”, disse a porta-voz dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, quando questionada sobre o caso.