BRICS Querem Reforma Urgente do FMI e Banco Mundial

 

O grupo dos países BRICS quer uma reforma “urgente” o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial e avanços no financiamento climático.

Numa declaração conjunta adotada por consenso na véspera da cimeira dos líderes dos BRICS no Rio de Janeiro, os ministros das Finanças dos 11 países membros apelaram ao reforço da cooperação Sul Global e salientaram que, embora os países do grupo representem quase metade da população mundial, 40% do PIB mundial e um quarto do comércio e do investimento mundiais, “é necessário fazer mais” para garantir que os benefícios da globalização sejam distribuídos de forma mais equitativa.

Um dos temas prioritários da reunião foi a necessidade “urgente” de reformar as instituições de Bretton Woods, especialmente o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM), para refletir a transformação da economia global e a influência crescente dos países em desenvolvimento.

“A voz e a representação dos países emergentes e em desenvolvimento no FMI e no Banco Mundial devem refletir o seu peso crescente na economia mundial”, exigiram.

O grupo BRICS foi inicialmente formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e, desde o ano passado, conta com seis novos membros efetivos: Egito, Irão, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Arábia Saudita e Indonésia, e anunciou recentemente a incorporação da Colômbia e do Uzbequistão.

Na reunião, os ministros confirmaram também o seu apoio à assinatura de uma convenção fiscal da ONU, sublinhando a importância de estabelecer um sistema fiscal global mais inclusivo e que “garanta que os super-ricos paguem a sua quota-parte”.

Este acordo visa resolver as disparidades fiscais a nível mundial e promover a cooperação entre países para combater a evasão fiscal e os fluxos financeiros ilícitos, promovendo uma maior equidade na distribuição dos recursos a nível mundial.

Os ministros das Finanças destacaram ainda o papel do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS (NDB) na dinamização da mobilização de recursos e de projetos de desenvolvimento sustentável, contribuindo para a redução das desigualdades.

Os ministros reconheceram também os desafios colocados pela crise climática, e fizeram um apelo ao setor privado e às economias avançadas para que disponibilizem financiamentos “substanciais” para a ação climática, especialmente nos países em desenvolvimento.

 

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