Brasil e Moçambique Sobem em Índice Chinês de Infraestruturas

O Brasil subiu ao quarto lugar no Índice de Desenvolvimento de Infraestruturas “Uma Faixa, Uma Rota”, enquanto Moçambique ultrapassou Angola.

No ‘ranking’ de 2025 do Índice, liderado pela Arábia Saudita, Indonésia e Malásia, o Brasil é o país lusófono com melhor pontuação, tendo apanhado o Vietname na quarta posição, por ter “continuado a melhorar as políticas fiscais e tributárias e a avançar nas estratégias industriais, o que leva a melhorias sustentadas no ambiente de negócios e a um aumento constante do dinamismo”.

Moçambique subiu do 38.º para o 34.º lugar do índice, com o país a “demonstrar melhorias notáveis” e a ultrapassar Angola, que caiu da 20.ª para a 35.ª posição, de acordo com o documento.

Ajustes na política monetária de Moçambique e revisões na lei de investimento “promoveram um ambiente de negócios mais favorável, permitindo um progresso sem sobressaltos em projetos importantes”, explicou o relatório apresentado no 16.º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas, que está a decorrer em Macau até quinta-feira, reunindo representantes de mais de 70 países e regiões.

Segue-se, entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a Guiné Equatorial (56.º lugar), Portugal (62.º), Timor-Leste (67.º), Cabo Verde (70.º), São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau (ambos no 73.º).

O índice avalia o ambiente, a procura, a recetividade e os custos para o desenvolvimento de infraestruturas em 84 países.

Quanto mais alta for a pontuação, melhor será a perspetiva da indústria de infraestruturas de um país e maior será o grau de atratividade para as empresas se empenharem no investimento, construção e operações nesta área naqueles territórios.

No caso de Portugal, o relatório destacou as contas públicas positivas e reservas cambiais estáveis, “reforçando a capacidade de pagamento externo do país”, nomeadamente para investir em infraestruturas.

O documento lembrou também que o Governo de Luís Montenegro “implementou uma série de políticas fiscais para estimular a economia”, que “visam otimizar a estrutura fiscal [e] reforçar a resiliência económica”.

Além disso, o relatório sublinhou que Portugal atingiu um recorde na produção de energia renovável, que representou 71% do consumo nacional de eletricidade em 2024.

 

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