O Brasil e a China assinaram um acordo de ‘swap’ cambial no valor de 157 mil milhões de reais (USD 28 mil milhões) e anunciaram investimentos no valor de 27 mil milhões de reais (USD 4,8 mil milhões).
Segundo o banco central brasileiro, o acordo de ‘swap’ cambial, válido por cinco anos, foi assinado em Pequim no âmbito da visita de Estado do Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à China.
O principal objetivo deste acordo é fornecer liquidez para facilitar o funcionamento dos mercados financeiros “em caso de necessidade”, refere o regulador financeiro em comunicado.
O banco central brasileiro informou que tem um acordo semelhante com a Reserva Federal dos EUA, que se tornou permanente em 2021, e está em conversações com outros países para assinar novos acordos.
O banco central chinês assinou 40 outros acordos de ‘swap’ semelhantes com outros bancos centrais, incluindo o Banco Central Europeu, o Canadá, o Chile, a África do Sul, o Japão e o Reino Unido.
Também à margem da visita do Presidente brasileiro realizou-se um encontro empresarial em Pequim, que terminou com investimentos chineses no valor de 27 mil milhões de reais (USD 4,8 mil milhões) no Brasil, anunciou o Governo brasileiro.
O líder da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) disse que estiveram presentes no evento mais de 500 empresários chineses e 200 brasileiros.
Entre os principais anúncios saídos do encontro empresarial sino-brasileiro está o da fabricante automóvel Great Wall Motor, que vai investir seis mil milhões de reais (USD 1.000 milhões) para expandir a operações no Brasil, de onde exportará para toda a América do Sul e México.
Metade deste investimento será destinada à criação de um polo de energia renovável no estado do Piauí (nordeste do Brasil), cuja construção deverá gerar cinco mil empregos, segundo o Governo brasileiro.
A gigante chinesa de entrega de comida Meituan vai investir cinco mil milhões de reais (USD 890 milhões) para entrar no mercado brasileiro através da subsidiária Keeta, que já opera noutros países.
O Governo do Brasil disse esperar que este investimento, através de um contrato cuja assinatura teve a presença de Lula de Silva, crie 100 mil empregos indiretos nos próximos cinco anos.
Também a empresa de bebidas Mixue, uma das líderes do setor na China, pretende expandir-se para o Brasil com um investimento de 3,2 mil milhões de reais (USD 570 milhões), que poderá criar 25 mil empregos até 2030.
O grupo mineiro chinês Baiyin Nonferrous Group anunciou a aquisição da mina de cobre de Serrote, no estado de Alagoas (nordeste), por 2,4 mil milhões de reais (USD 428 milhões).
Em Pequim, Lula da Silva participou hoje na abertura da 11.ª Reunião Ministerial do fórum China-CELAC e, em seguida, reuniu-se com o homólogo chinês, Xi Jinping, com quem também assinará acordos para ampliar a cooperação bilateral.