O Brasil, a maior economia da América Latina, aumentou em 14,7% as exportações para a China em setembro, enquanto as vendas para o Japão e Estados Unidos registaram fortes recuos.
Segundo dados oficiais, as exportações aumentaram 1,1% nos primeiros nove meses de 2025, para USD 257,8 mil milhões, impactadas por uma queda de 20,3% nas exportações para os Estados Unidos devido às pesadas tarifas impostas ao Brasil.
Em contraste, as importações aumentaram 8,2% e totalizaram USD 212,3 mil milhões, segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio.
Nos nove primeiros meses do ano, o país registou uma queda de 22,5% no excedente comercial, para US 45,5 mil milhões.
Só em setembro passado, a balança comercial registou um excedente de USD 3 mil milhões, uma queda de 41,1% face ao mesmo mês do ano passado.
Tal como no acumulado do ano, as exportações cresceram 7,2% em setembro, mas as importações dispararam 17,7%.
O forte desempenho dos sectores agrícola e mineiro impulsionou o aumento das exportações no nono mês de 2025, que foi, no entanto, ofuscado pelas importações de bens de equipamento, que dispararam 73,2%.
Em setembro, o Brasil aumentou as suas exportações para destinos como a China (14,7%), o maior parceiro comercial do país sul-americano; União Europeia (2,0%); Mercosul, bloco constituído pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com a Bolívia em processo final de adesão (27,6%), Canadá (5,3%) e México (9,1%).
Em contraste, os envios para o Japão (-38,8%) e Estados Unidos (-20,3%) apresentaram uma forte quebra.