O banco de investimento brasileiro BTG Pactual está a procurar expandir as suas operações na Ásia, focado nas oportunidades decorrentes da crescente procura de ‘data centers’ entre as empresas chinesas de inteligência artificial (IA).
Numa entrevista ao South China Morning Post em Hong Kong, o sócio do BTG João Scandiuzzi disse que o banco estava a considerar abrir um novo escritório na cidade, à medida que Pequim e Brasília reforçam os seus laços comerciais e de investimento no meio de disputas tarifárias com os EUA.
A visita a Hong Kong fez parte de um ‘roadshow’ mais vasto na China, na semana passada, durante o qual os executivos do BTG, acompanhados por uma delegação de duas dezenas de empreendedores e ‘family offices’ brasileiros, percorreram grandes cidades, incluindo Pequim, Xangai e Shenzhen.
“Muitas empresas chinesas, especialmente no setor elétrico, vêm ter connosco em busca de investimento no Brasil… e penso que a relação entre o Brasil e a China em geral deve ser aprofundada”, disse Scandiuzzi.
Fundado em 1983, o BTG é um dos maiores bancos do Brasil, com presença na América Latina, EUA, Europa e Médio Oriente.
O antecessor do BTG, que foi detido pelo Swiss Bank UBS de 2006 a 2009, mantinha anteriormente um escritório de investimento em Hong Kong. No entanto, o estabelecimento fechou por volta de 2015, após a saída de ex-funcionários do UBS, de acordo com Scandiuzzi.
A potencial revitalização do escritório do BTG em Hong Kong está em linha com uma recente promessa da China e do Brasil de melhorar a sua relação bilateral no meio dos desafios do comércio global.