A GAC Aion escolheu Portugal como um dos três primeiros mercados europeus que vai receber os seus automóveis 100% elétricos, no terceiro trimestre de 2025.
A importação nacional da Aion, marca do Guangzhou Automobile Group (GAC), vai estar a cargo do Grupo JAP, com o negócio do retalho assegurado pela Carby, empresa pertencente ao Grupo JAP.
Thomas Schemera, diretor global de operações da GAC International, afirmou à imprensa numa mesa redonda em Milão (Itália), que Portugal será um dos três primeiros mercados europeus da marca, a par da Polónia e de Israel.
A escolha de Portugal, disse Schemera, deveu-se à opção de “começar em pequena escala”, minimizando os riscos associados à introdução de uma nova marca num novo continente.
Os dois primeiros modelos da GAC Aion que vão chegar a Portugal serão Aion V e Aion UT. O Aion V é um SUV 100% elétrico que tem como potenciais rivais o BYD Atto 3, o Renault Scenic ou o Peugeot e-3008.
O Aion UT só deverá chegar em 2026, sendo um familiar compacto que mais parece um monovolume, e vai enfrentar concorrentes como o Volkswagen ID.3 ou o MG4.
Além de deter marcas como a Aion, a GAC, um dos maiores construtores de automóveis da China e cujo capital é maioritariamente detido pelo Governo Chinês, também é responsável pela produção de automóveis para a Toyota e Honda. Foi com estas marcas que a GAC adquiriu o know-how necessário para a produção de automóveis.
A GAC tem neste momento em marcha um plano de crescimento das suas marcas próprias. Está a abrir centros de pesquisa e desenvolvimento fora da China, a contratar gestores e designers na concorrência e a tentar ganhar tração com as suas próprias marcas, maioritariamente 100% elétricas.
O Grupo JAP é um dos principais do sector em Portugal, com o retalho de marcas de automóveis como a BMW, Audi, Volkswagen, Porsche, Renault, Nissan, Hyundai e de pesados industriais e agrícolas, como a MAN e a Case.
Este grupo fundado em 1904 — e que detém marcas como a Matrizauto e o franchise da rent-a-car SIXT em Portugal — é o segundo dos maiores no retalho automóvel português a escolher uma marca chinesa para estrear-se na importação automóvel.
O Grupo Auto-Industrial também entrou nesta corrida no final de 2024. Anunciou a sua entrada neste negócio através da importação da Forthing, uma marca do Grupo Dongfeng Motor Corporation (100% detido pelo Governo chinês).