O Governo angolano vai concessionar a empresários brasileiros e chineses 800 mil hectares de terrenos para a implantação de polos agrícolas em diferentes províncias angolanas, entre as quais Malanje e Cuanza Norte.
Segundo o Portal do Governo de Angola, nos terrenos vão ser instaladas fazendas para produzir e exportar, em grande escala, soja, milho, algodão, laranja, carnes (bovina, de aves e suína), entre outros produtos, em cuja produção o Brasil e a China se destacam.
O ministro da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, adiantou, num encontro realizado recentemente com a Associação de Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (AEBRAN), que há interesse neste tipo de investimento igualmente por parte de empresários dos Emirados Árabes Unidos, do Qatar e da Arábia Saudita, lê-se na mesma nota.
Isaac dos Anjos disse ainda no encontro com a AEBRAN que Angola tem garantia para exportar para a China 500 mil toneladas de produtos excedentes e duplicar essa quantidade posteriormente.
Isaac dos Anjos salientou que as medidas de estímulos à produção concertadas entre os Governos de Angola e do Brasil vão além da concessão de terra, e pretendem incluir as comunidades locais no processo produtivo.
O Fundo Soberano de Angola terá igualmente uma comparticipação, das garantias do financiamento até à recuperação do investimento, com o início das exportações dos produtos agrícolas, referem as autoridades angolanas.
Segundo o ministro, haverá ainda envolvimento de dois bancos angolanos para o financiamento das operações da logística interna e cobertura de custos locais por um período de cinco anos.
Raimundo Lima, presidente da Câmara de Comércio Angola Brasil, também citado na nota, destacou o envolvimento do Banco de Desenvolvimento Económico e Social do Brasil para o financiamento dos equipamentos e da logística fundamental ao investimento que será realizado nas províncias de Malanje e Cuanza Norte.