A Agência de Viagens Internacionais Luso-Chinesa, do grupo Marmeleira, assinou um acordo em Espanha para promover a cooperação no turismo cultural entre a China, Portugal e Espanha, esperando que venha a ser aberto um voo de Sichuan para Lisboa.
O acordo de cooperação estratégica para promover conjuntamente a cooperação turística e utilizar a cultura e o turismo como elo de ligação para ajudar a aumentar a influência internacional da Área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau e da Zona de Livre Comércio de Hengqin e o desenvolvimento da indústria do turismo cultural, foi assinado hoje em Madrid entre Lao Chao Peng, CEO da empresa de Macau, e Chen Jianxin, presidente da Associação Espanhola de Chineses no Estrangeiro.
Participaram na cerimónia de assinatura o diretor do Gabinete de Assuntos Consulares da Embaixada da República Popular da China em Espanha, Zhang Jin; o cônsul Liu Haixi; o vice-diretor do Departamento de Trabalho da Frente Unida do Comité Provincial do Partido de Sichuan e o diretor do Gabinete Provincial de Assuntos dos Chineses no Estrangeiro de Sichuan, Zhu Yongou; o representante do Gabinete Provincial de Relações Exteriores de Sichuan, He Guangxian, uma delegação de Sichuan e convidados de comunidades e líderes chineses no estrangeiro em Espanha.
Este ano assinala-se o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e a União Europeia e o 20º aniversário do estabelecimento de uma parceria estratégica abrangente entre a China e a Espanha e a 27 de abril foi oficialmente inaugurado o voo direto de Chengdu (Sichuan) para a capital espanhola, Madrid.
A abertura do voo direto, refere a empresa de Macau em comunicado, “não só torna mais convenientes o turismo, os estudos no estrangeiro e os intercâmbios empresariais, como também permite intercâmbios e cooperação mais estreita entre empresas chinesas, portuguesas e espanholas”.
“Ajudará também a aprofundar ainda mais os intercâmbios e a cooperação entre a China continental, Macau, China, Portugal, Espanha e Europa”, adianta.
O grupo espera a abertura de ligações aéreas também entre Chengdu e a capital portuguesa, Lisboa, afirmou Lao Chao Peng.
“Espero que Chengdu, Sichuan, possa também abrir voos diretos para Portugal o mais rapidamente possível, para que a China, Portugal e os países lusófonos se liguem mais estreitamente”, afirmou a CEO do grupo Marmeleira.
A Agência de Viagens Internacionais Luso-Chinesa tem usado nos últimos anos a indústria do turismo como um elo de intercâmbio e cooperação entre a China, Portugal e Espanha, integrando enoturismo, intercâmbios económicos e comerciais, culturais e desportivos.
Em abril, o novo governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) propôs no seu programa transformar Macau numa importante ponte para a abertura de alto nível da China ao exterior, estimulando a cooperação entre o país asiático e o mundo de língua portuguesa, além de intercâmbios e cooperação entre a China e os países de língua espanhola nas áreas das finanças, cultura e turismo.
Ao mesmo tempo, Macau irá ligar-se a Hengqin e às cidades da Área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau para oferecer produtos turísticos de “paragem única, múltiplos destinos”, fazendo bom uso do relaxamento e optimização da política de isenção de vistos de trânsito do país, promover a marca turística da região e atraindo turistas estrangeiros a todas as cidades que a compõem.
“Enquanto empresa representativa que investe e se desenvolve em Portugal, o grupo Quinta da Marmeleira cooperará com o posicionamento de Macau e a direcção política do governo da RAEM, explorará as suas próprias vantagens, tirará o máximo partido das estreitas relações de cooperação estabelecidas com os sectores empresariais e sociais portugueses e espanhóis ao longo dos anos e utilizará a cultura e o turismo como elo de ligação para promover os ricos recursos históricos, culturais e turísticos dos três locais, organizando e participando em mais actividades de intercâmbio económico, comercial e cultural de diferentes tipos e formas inovadoras”, refere em comunicado.
O objectivo é promover “laços internos e externos” e ajudar a aprofundar a cooperação bidirecional entre a China e os países de língua portuguesa e espanhola, servindo de “elo preciso” para contar bem as histórias chinesa e de Macau e ajudando mais empresas de Macau e até da China continental a desenvolverem-se no estrangeiro, dando novos contributos para promover intercâmbios económicos, comerciais e culturais multilaterais.