África Bater Recorde na Energia Solar Graças a Importação de Painéis da China

O aumento da compra de painéis solares dos países africanos à China ajudou a que a capacidade solar até julho batesse o recorde, apoiando esforços para reduzir as carências energéticas do continente, segundo a consultora Oxford Economics.

“África, com o seu vasto potencial solar, está a passar por um aumento nas importações de painéis solares provenientes da China; esse influxo está a impulsionar a capacidade de geração do continente, com as importações deste ano até julho a atingirem um recorde de 9.516 MW”, lê-se numa análise do departamento africano desta consultora britânica.

Num comentário à evolução da produção de energia solar no continente africano, os analistas escrevem que a diminuição dos custos das instalações solares tem feito com que a capacidade solar de África continue a aumentar.

“O custo ao longo da vida útil da energia solar caiu drasticamente na última década, e é agora considerada a forma mais barata de energia elétrica da história. Esses custos mais baixos estão a impulsionar o aumento dos investimentos e da geração em todo o mundo, com a capacidade global de energia solar a mais do que duplicar nos últimos três anos”, adiantam.

Para África, isto significa um benefício importante, apontam os analistas: “A África subsaariana tem o menor acesso à eletricidade do mundo, com apenas 53,3% da população eletrificada em 2023, bem abaixo da média global de 91,6%, e muitos países africanos também enfrentam um abastecimento pouco fiável e custos elevados de eletricidade, o que dificulta o desenvolvimento económico”.

A quantidade de importações de painéis solares por capacidade atingiu um valor recorde de 1.702 MW em julho de 2025, mas olhando para o conjunto dos primeiros sete meses do ano, as importações solares por capacidade aumentaram para 9.516 MW, em comparação com 6.625 MW no mesmo período do ano passado, o que representa um aumento de 43%.

Por país, os maiores aumentos nas importações de capacidade de produção de energia solar ao longo destes sete meses foram da África do Sul (+1.790 MW), Argélia (+1.073 MW), Nigéria (+1.064 MW) e Egito (+798 MW), lê-se ainda no relatório da Oxford Economics.

 

 

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